textos, idéias, sonhos, revolta, contestação, non sense, rancor, amor, teses, antíteses, conceitos, ideologias e acima de tudo poesias...
domingo, outubro 12, 2008
QUELI CRISTINA
Pudores despudorados.
A essência da mentira disfarçada em meias verdades.
O ego elevado
Inflamado despenca do mais alto patamar.
O cinismo disfarçado circula em nosso lar
poluindo e pesando o nosso ar.
O homem e suas peripécias.
Ainda hoje, em pleno século XXI, temos choques culturais,
pré-conceito e preconceitos
de um conceito sempre desfeito.
O ser em seu reinado absoluto dissolúvel
numa sólida ilusão cai no vão da razão,
detém-se ao não, pois o sim é difícil,
difundindo-se o sim com o não.
E assim vamos vivendo
na certeza de que ninguém anda nos vendo,
e mentindo para nós mesmo
só para nos satisfazermos,
e o desejo incontido e contido
com as boas maneiras imposta
ainda lá no ventre da mãe gentil.
QUELI CRISTINA
domingo, setembro 21, 2008
ROMANTISMO
ROMANTISMO
O romantismo foi um movimento artístico ocorrido na Europa por volta de 1800, na literatura e filosofia, para depois alcançar as artes plásticas. Diante do racionalismo anterior à revolução, ele propunha a elevação dos sentimentos acima do pensamento. Curiosamente, não se pode falar de uma estética tipicamente romântica, visto que nenhum dos artistas se afastou completamente do academicismo, mas sim de uma homogeneidade conceitual pela temática das obras.
A iconografia romântica caracterizou-se por sua estreita relação com a literatura e a poesia, especialmente com as lendas heróicas medievais e dramas amorosos, assim como com as histórias recolhidas em países exóticos, metaforizando temas políticos ou filosóficos da época e ressaltando o espírito nacional. Não se pode esquecer que o romantismo revalorizou os conceitos de pátria e república. Papel especial desempenharam a morte heróica na guerra e o suicídio por amor.
A arquitetura e a escultura românticas se caracterizaram por sua linguagem nostálgica e pela pouca originalidade. Quando não se mesclaram estilos históricos obtendo-se obras bem mais ecléticas, reproduziram-se fielmente castelos e igrejas medievais, estilo que foi chamado de neogótico. Na escultura, imitando a linguagem pictórica, produziram-se figuras de uma dramaticidade e energia comparáveis apenas às presentes nas telas
de Delacroix, embora também dentro de um forte academicismo.
Glórinha Anchieta I
Um vazio
Uma espera interminável
Uma busca incessante
Um grito preso na garganta
Uma ferida no peito que não fecha
Há muita amargura
No coração de todo aquele
Que um dia
Ao olhar para o lado
Viu que ali não estava
Um fruto seu
Dolorida palavra
Para expressar tamanha angústia
Que maltrata tantos corações
Gerando a aflição de uma eterna busca
Por um filho
Um companheiro
Um pai
Um irmão
Porém no peito
Nunca morre a esperança
De um reencontro
Porque quem ama
Pode desaparecer no caminho
Mas jamais no coração
Glórinha Anchieta – GG
Tarde de outono
25/05/2008
domingo, junho 15, 2008
ARTE BARBARA - IMPRESSÕES ANTROPOLÓGICAS
Depois da queda do império romano, mongóis, vândalos, alanos, francos, germânicos e suecos, entre outros povos conhecidos genericamente como bárbaros, avançaram definitivamente sobre a Europa. Estava em curso o século V. Esses grupos, essencialmente nômades, não demoraram a
assimilar a cultura e a religião (cristianismo) dos povos conquistados, ao mesmo tempo em que lhes transmitiam seus próprios traços culturais, o que deu origem a uma arte completamente diferente, que assentaria as bases para a arte européia dos séculos VIII e IX.
O fato de não possuírem um hábitat fixo influenciou grandemente os costumes e expressões artísticas dos bárbaros. Era notável sua destreza naquelas disciplinas que permitiam a fabricação de objetos facilmente transportáveis, fossem eles de luxo ou utilitários. Assim, não é de admirar
que tenham sobressaído na ourivesaria, na fundição e moldagem de metais, tanto para a fabricação de armas quanto de jóias, e nas técnicas de decoração correspondentes, como a tauxia ou damasquinagem, a esmaltação, a entalhadura e a filigrana.
Todos esses povos tiveram uma origem comum na civilização celta, que desde o século V a.C. até a dominação romana se estabeleceu na Europa de norte a sul e de leste a oeste. Em suas crônicas, os romanos os descrevem como temíveis guerreiros e hábeis fundidores de metais. Uma vez
dominados, uma boa parte da população foi assimilada pelo império e outra fugiu para o norte. Somente quando o império começou a ruir foi que conseguiram penetrar em suas fronteiras e estabelecer numerosos reinos, dos quais se originaram, em parte, as nacionalidades européias.
A Europa entrou assim num dos períodos históricos mais obscuros, a meio caminho entre a religiosidade, agora em parte aceita, dos primeiros cristãos e a beligerância selvagem dos novos senhores. Mais tarde sofreria também o açoite dos vikings dinamarqueses vindos do norte, em
perpétua luta contra os francos e os eslavos ocidentais. Por seu lado, a Igreja ia ganhando posições com a proliferação de mosteiros exatamente onde os mais temíveis exércitos não conseguiam vencer as batalhas: as ilhas britânicas e o leste da Europa.
domingo, junho 01, 2008
Hoje, 60 anos após sua morte, as cinzas da Grande Alma,
o Mahatma Ghandi, foram jogadas ao mar
Tratando da preparação do povo judeu
Para a travessia do deserto”
“ Proclamar as próprias convicções,
notadamente diante das criaturas que se nos façam adversas,
é coragem da fé, no entanto,
semelhante afirmação de valor não se restringe a isso.”
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
PELO ESPÍRITO DE EMMANUEL
MANOEL DE BARROS
Existe na conquista, uma brutalidade sem tamanho. A simples pretensão de ter o outro já indica a intenção de pô-lo a disposição de nossas crenças, verdades e/ou caprichos. Conquistar é por o outro sob o julgo da nossa vontade e esta é a maior de todas as verdades, pois é nossa, aflora vinda de nossas mais profundas entranhas e gera o famigerado desejo – Um pecado herdado do criador.
Existem diversas formas de conquista. A História Universal, nos mostra com detalhes o sangue, as flores, os idílios, as paixões e a solidão das conquistas.
Uma das mais violentas e covardes formas de conquista é a religiosa. Aqui é que se pode encontrar uma força e coragem portentosa na arte de subjugar, pois que desconsiderando a etnia, a cultura, a crença e a paixão do outro, avança sobre este e o ataca com a força dos leões se for preciso impor força física, com a sutileza de Íago se forem necessárias a farsa e a falsidade precisa, com a leveza de Jesus, Gandhi e Madre Thereza de Calcutá se a tática for necessária a inclusão da total força dos sentidos e máxima exploração do subjetivo e ainda, se a força física, a sutileza da falsidade precisa e a leveza da exploração do subjetivo falharem, haverão de convocar a fé advinda da esperança na espera, o sagrado proveniente dos testamentos, a predestinação e o livre arbítrio, força maior de um milagre da imaginação de Santo Agostinho.
A mais linda das conquistas é aquela que se privilegia do amor. Mesmo este sendo um sentimento de poder, é possível que seja puro das intenções e das nervuras criadas pela vontade religiosa. E assim, através da pureza d´alma vai se dando, numa inter relação de trocas, num refluxo intermitente entre o dar e o receber, que confundem a razão, tornando-a subjetiva e apaixonantemente sublime para duas ou mais relações interpessoais.
Na mais linda das conquistas encontramos o ambiente da paixão sublimado no universo do amor com a individualidade preservada. As texturas da paixão e as ações do amor não extinguem, não deturpam, não destroem e não desconsideram as características antropológicas do outro.
É milenar a necessidade de poder. Esta vontade antecede o que se chama de civilização e talvez tenha sido a mola da gestação do que se conhece como Estado. O poder se dá diante do avanço por sobre o outro. Este avanço pode ser político, econômico e social e se relaciona com a religião, com a etnia, com a cultura e com a educação e é na capacidade de se inter relacionar com a diversidade destes micro universos de poder que se dá a conquista. O processo sempre foi laico e assim sendo foi sempre confuso e diluído no que se ousou chamar de amor, pois as religiões sempre estiveram enterradas até o pescoço no esforço de se mostrarem assim – a mais perfeita entrega a uma divindade salvadora que é a pureza do amor – nesse mote e a galope avançaram por sobre o homem e suas fraquezas e foram e são ainda a maior de todas as causas de guerras no mundo inteiro pelo simples corriqueiro fato de serem uma capa, um artifício de poder, desde a sua macrorelação com o Estado até a sua micro relação com o ser humano.
Este texto tem a arrogância da conquista pois dilui-se da intenção de falar do açoite que representa este passo e perde-se na articulação e na estratégia estilística de sua construção pois que se utiliza da mesma forma e formato dos grandes conquistadores. É como Splenger fala, o conquistado absorve a força e táctica do conquistador.
Não me arremesso a ser o certo por este texto, pois que, não me encontro com a certeza absoluta dos “fundamentalistas”, aliás tanto quanto o cantor............, eu tenho medo, quase pânico de quem tem muita certeza.
Este texto segue o poema “ Heresia” que foi enviado a meus amigos do Orkut e a minha lista de e-mail.Houveram muitas críticas. “ Heresia” é só um poema e este é só uma crônica e pode ser sim, que minha ‘ descrença entorte a minha visão da experiência religiosa e que o ato de fé seja sempre por mim retratado como uma manifestação a sr lamentada da grotesca miséria humana”, assim, como Veríssimo fala de Felini,
quinta-feira, maio 01, 2008
Alline ♫
domingo, abril 20, 2008
ARTE INDIANA E KHMERIANA
Deve-se entender como arte indiana aquela que se manifestou não apenas na Índia, mas também na Caxemira, Ceilão, Nepal, Tibete e Indonésia. O modelo, entretanto, foi forjado no país que lhe dá o nome e difundiu-se a partir do reino vizinho, o Khmer, pelos demais. As origens da arte indiana remontam às invasões dos arianos, no século VII a.C., que depois de devastar a civilização do vale do Indo impuseram sua língua, o sânscrito, e seus escritos Religiosos, Os Vedas. Com a dinastia dos Mauryas começou um período de esplendor cultural.
O budismo, apesar de posterior ao bramanismo e contemporâneo do jainismo, estabeleceu os princípios da arte indiana ao longo de toda a história, desde seu surgimento. A necessidade de difusão desse movimento religioso levou à adoção de determinados parâmetros de representação, que depois foram estendidos às outras religiões. A arte indiana também recebeu
influência persa, principalmente nas cortes, sob o reinado de Asoka (274-237 a.C.). No
século I d.C. surgiram as três escolas mais importantes da Índia.
A de Gandhara e a de Mathura, no norte; e a de Wengi, no sul. A primeira foi a mais importante, na medida em que, influenciada pela arte grega, criou a chamada arte grecobúdica e foi também responsável pela primeira representação figurativa do príncipe Buda, sentado e com auréola, até
então simbolizado pelo vazio. O chamado período clássico começou com os reis guptas, que revitalizaram notavelmente a pintura e a escultura e renovaram as formas arquitetônicas, retomando a tradição indiana, deixando de lado o budismo.
A arte indiana começou a se expandir a partir da Idade Média e encontrou seu imitador mais respeitado no vizinho reino do Khmer, no Camboja. Os artistas desse reino apostaram, entretanto, em representações mais rígidas, de modo geral estritamente simétricas e despojadas do sensualismo e erotismo do modelo. Especial relevância tiveram os templos piramidais,
que se difundiram de lá para o resto da Ásia, e os relevos, de superfícies menos carregadas, aparentemente devido à falta de conhecimentos técnicos de seus escultores.
sexta-feira, março 21, 2008
O DUELO PERFEITO
Hoje eu acordei pra celebrar a vida,
Fazer parte de uma história esquecida.
Enfeitar um móbile no berço
E sorrir das suas voltas imprevistas.
Acordei para relembrar os fatos,
De um tempo passado,
Comemorar cada enterro como se fosse o meu próprio.
Beijos nostálgicos,
Olhos fechados,
Erros marcados,
Como um “tic-tac” errado.
Falta, sei que irei sentir.
Falta das alegrias vividas,
São tantas dores e noites sofridas,
Com a presença da agonia de sua ausência.
Em busca do duelo perfeito.
Somos guerreiros,
Ferindo terceiros.
Indiretamente, sei que fiz!
Trago a ti, uma agonia infeliz.
IVAN LIMA
ISA LIMA
HELIO ANDRADE
domingo, março 02, 2008
ARTE OCEÂNICA - IMPRESSÕES ANTROPOLÓGICAS
motivações temáticas e técnicas.
São quatro as etnias principais encontradas no continente da Oceania, vindas provavelmente da Índia e Indonésia: os australianos, nos desertos do continente, os papuas, na ilha da Nova Guiné, os melanésios, no arquipélago da Melanésia, e os polinésios, na Nova Zelândia (os maoris) e ilha de Páscoa. Embora todos tenham origem asiática, cada um desenvolveu diferentes técnicas e disciplinas artísticas submetidas em parte aos condicionamentos geográficos, climáticos e materiais de cada região.
Assim, embora no caso dos arquipélagos da Polinésia e Melanésia os materiais utilizados sejam variados - fibras vegetais, ossos, corais, penas de pássaros, madeira e conchinhas -, o mesmo já não ocorre com os aborígines australianos, limitados pela escassez do deserto. Também é possível
detectar diferenças estilísticas consideráveis, inclusive entre os povos mais próximos: os australianos se preocupam com o simbolismo religioso, os papuas acentuam a expressividade, e os polinésios, menos conservadores, buscam a novidade.
ARTE AFRICANA - IMPRESSÕES ANTROPOLÔGICAS
O fato de os primeiros colonizadores terem subestimado essas culturas e considerado suas obras meras curiosidades exóticas, provocou um saque sem sentido na herança cultural desse continente. Recentemente, no século XX, foi possível, graças à antropologia de campo e aos especialistas em arte africana, organizar as coleções dos museus europeus. Mas o dano já estava
feito. Muitos objetos ficaram sem classificação, não se conhecendo assim seu lugar de origem ou simplesmente ignorando-se sua função.
E isso é muito importante para a análise da obra. A arte africana é eminentemente funcional. Mais ainda, não pode ser entendida senão com base no estudo da comunidade que a produziu e de suas crenças religiosas. Basicamente os povos africanos eram animistas, prestavam culto
ao espírito de seus antepassados. Outros chegaram a criar verdadeiros panteões de deuses, existindo também os povos monoteístas. Some-se a isso a influência dos primeiros colonizadores portugueses, que cristianizaram várias regiões.
O auge da arte africana na Europa surgiu com as primeiras vanguardas, especificamente os fauvistas e os expressionistas. Estes, além de reconhecer os valores artísticos das peças africanas,
tentaram imitá-las, embora sempre sob a ótica de suas próprias interpretações, algo que colaborou em muitos casos, para a distorção do verdadeiro sentido das obras.
Entre as peças mais valorizadas atualmente estão, apenas para citar algumas, as esculturas de arte das culturas fon, fang, ioruba e bini, e as de Luba.
quarta-feira, janeiro 23, 2008
Valdemir Jose da Costa I
Bloco domiciliar cinco Meriti, Estado Continente Rio de Janeiro, 06 de Janeiro de 3495.
Valdemir Jose da Costa