sexta-feira, março 21, 2008

O DUELO PERFEITO

O DUELO PERFEITO

Hoje eu acordei pra celebrar a vida,

Fazer parte de uma história esquecida.

Enfeitar um móbile no berço

E sorrir das suas voltas imprevistas.


Acordei para relembrar os fatos,

De um tempo passado,

Comemorar cada enterro como se fosse o meu próprio.


Beijos nostálgicos,

Olhos fechados,

Erros marcados,

Como um “tic-tac” errado.


O último adeus levo a ti.

Falta, sei que irei sentir.

Falta das alegrias vividas,

São tantas dores e noites sofridas,

Com a presença da agonia de sua ausência.


Um samurai errante,

Em busca do duelo perfeito.

Somos guerreiros,

Ferindo terceiros.


Indiretamente, sei que fiz!

Trago a ti, uma agonia infeliz.


IVAN LIMA

ISA LIMA

HELIO ANDRADE

domingo, março 02, 2008

ARTE OCEÂNICA - IMPRESSÕES ANTROPOLÓGICAS

ARTE OCEÂNICA

A arte da Oceania constitui um conglomerado de expressões artísticas de grande diversidade. Sua inclusão na história da arte é bastante recente, data deste século, quando fauvistas e expressionistas se maravilharam diante da liberdade criativa que expressavam as primeiras peças chegadas ao Velho Continente, vindas das ilhas paradisíacas dos mares do sul. Alguns, como Gauguin, não titubearam em se mudar para lá por algum tempo, em busca de novas
motivações temáticas e técnicas.
São quatro as etnias principais encontradas no continente da Oceania, vindas provavelmente da Índia e Indonésia: os australianos, nos desertos do continente, os papuas, na ilha da Nova Guiné, os melanésios, no arquipélago da Melanésia, e os polinésios, na Nova Zelândia (os maoris) e ilha de Páscoa. Embora todos tenham origem asiática, cada um desenvolveu diferentes técnicas e disciplinas artísticas submetidas em parte aos condicionamentos geográficos, climáticos e materiais de cada região.
Assim, embora no caso dos arquipélagos da Polinésia e Melanésia os materiais utilizados sejam variados - fibras vegetais, ossos, corais, penas de pássaros, madeira e conchinhas -, o mesmo já não ocorre com os aborígines australianos, limitados pela escassez do deserto. Também é possível
detectar diferenças estilísticas consideráveis, inclusive entre os povos mais próximos: os australianos se preocupam com o simbolismo religioso, os papuas acentuam a expressividade, e os polinésios, menos conservadores, buscam a novidade.

ARTE AFRICANA - IMPRESSÕES ANTROPOLÔGICAS

ARTE AFRICANA
Existem muitos preconceitos com relação à arte africana e à África em geral. A denominação genérica de africano engloba maior quantidade de raças e culturas do que a de europeu, já que no continente africano convivem dez mil línguas, distribuídas entre quatro famílias, que são as principais. Daí ser particularmente difícil encontrar os traços artísticos comuns, embora, a exemplo da Europa, se possa falar de um certo aspecto identificador que os diferencia dos povos de outros continentes.
O fato de os primeiros colonizadores terem subestimado essas culturas e considerado suas obras meras curiosidades exóticas, provocou um saque sem sentido na herança cultural desse continente. Recentemente, no século XX, foi possível, graças à antropologia de campo e aos especialistas em arte africana, organizar as coleções dos museus europeus. Mas o dano já estava
feito. Muitos objetos ficaram sem classificação, não se conhecendo assim seu lugar de origem ou simplesmente ignorando-se sua função.
E isso é muito importante para a análise da obra. A arte africana é eminentemente funcional. Mais ainda, não pode ser entendida senão com base no estudo da comunidade que a produziu e de suas crenças religiosas. Basicamente os povos africanos eram animistas, prestavam culto
ao espírito de seus antepassados. Outros chegaram a criar verdadeiros panteões de deuses, existindo também os povos monoteístas. Some-se a isso a influência dos primeiros colonizadores portugueses, que cristianizaram várias regiões.
O auge da arte africana na Europa surgiu com as primeiras vanguardas, especificamente os fauvistas e os expressionistas. Estes, além de reconhecer os valores artísticos das peças africanas,
tentaram imitá-las, embora sempre sob a ótica de suas próprias interpretações, algo que colaborou em muitos casos, para a distorção do verdadeiro sentido das obras.
Entre as peças mais valorizadas atualmente estão, apenas para citar algumas, as esculturas de arte das culturas fon, fang, ioruba e bini, e as de Luba.