domingo, abril 20, 2008

ARTE INDIANA E KHMERIANA

ARTE INDIANA E KHMERIANA

Deve-se entender como arte indiana aquela que se manifestou não apenas na Índia, mas também na Caxemira, Ceilão, Nepal, Tibete e Indonésia. O modelo, entretanto, foi forjado no país que lhe dá o nome e difundiu-se a partir do reino vizinho, o Khmer, pelos demais. As origens da arte indiana remontam às invasões dos arianos, no século VII a.C., que depois de devastar a civilização do vale do Indo impuseram sua língua, o sânscrito, e seus escritos Religiosos, Os Vedas. Com a dinastia dos Mauryas começou um período de esplendor cultural.

O budismo, apesar de posterior ao bramanismo e contemporâneo do jainismo, estabeleceu os princípios da arte indiana ao longo de toda a história, desde seu surgimento. A necessidade de difusão desse movimento religioso levou à adoção de determinados parâmetros de representação, que depois foram estendidos às outras religiões. A arte indiana também recebeu
influência persa, principalmente nas cortes, sob o reinado de Asoka (274-237 a.C.). No
século I d.C. surgiram as três escolas mais importantes da Índia.

A de Gandhara e a de Mathura, no norte; e a de Wengi, no sul. A primeira foi a mais importante, na medida em que, influenciada pela arte grega, criou a chamada arte grecobúdica e foi também responsável pela primeira representação figurativa do príncipe Buda, sentado e com auréola, até
então simbolizado pelo vazio. O chamado período clássico começou com os reis guptas, que revitalizaram notavelmente a pintura e a escultura e renovaram as formas arquitetônicas, retomando a tradição indiana, deixando de lado o budismo.

A arte indiana começou a se expandir a partir da Idade Média e encontrou seu imitador mais respeitado no vizinho reino do Khmer, no Camboja. Os artistas desse reino apostaram, entretanto, em representações mais rígidas, de modo geral estritamente simétricas e despojadas do sensualismo e erotismo do modelo. Especial relevância tiveram os templos piramidais,
que se difundiram de lá para o resto da Ásia, e os relevos, de superfícies menos carregadas, aparentemente devido à falta de conhecimentos técnicos de seus escultores.