DIÁRIO
DE UM FOTOGRAFO AMADOR
Capitulo
2
Lá
pelos idos do final da decada de 80, passeando pelo meu bairro em dia
de feira livre, passeava descompromisso buscando as mesmas novidades
que todo sábado eu via... rssr... e que me fascinavam.... revistas
em quadrinho, livros e impressos em geral usados vendidos a ermo na
feira ao lado de frutas, legumes e peixes, vejo um livro chamado (se
minha memória não me enganar dessa vez) “o manual da fotografia”,
um livro de capa dura formato grande, como sempre eu era muito
curioso com coisas curiosas (desculpem o trocadilho infame.. rs), mas
eu era assim e acho que ainda guardo muito isso, a impetuosidade de
gostar do novo, de não se acostumar com o que você já sabe, ver
outros olhares, acho que já era a veia de fotografia saltando.
Enfim, peguei algumas revistas que não queria mais, juntei um
dinheiro e torci para no outro final de semana não aparecesse outro
garoto nerd querendo ler sobre fotografia... rs. Consegui, consegui
comprar o tal livro e um mundo de regras, funções, equipamentos,
calculos, filmes diferentes, luz, fotometro, asa, diafragma,
velocidade... ptz... minha cabeça virou uma zona.
Sempre
gostei muito de desenhar, desde bem novo, timido como eu só,
desenhar era minha terapia, eu me fechava no meu mundo de
possibilidades e criatividade (mas isso é papo pra livro.. rsrs) e
isso que eu acho que fez a ponte pra eu ter a ansia de aprender sobre
fotografia, ou seja, era como se os olhares, os enquadramentos, os
storybords, tudo remetia a controlar e eternizar o que a mente
imagina primeiro e depois seus olhos criam, paralelo a isso conheci
uma grande incentivadora dessa nova fase de curiosidades, Greice Rosa
(como o curriculo dessa talentosa mulher é vasto demais, aqui tá o
link pra quem tiver curiosidade
http://www.ateliedaimagem.com.br/direcao.php
) onde aprendemos juntos muita coisa de fotografia, sinceramente não
lembro com exatidão onde conseguimos uma pentax K1000, mas nesse
momento toda aquela ansia de trnasformar toda aquela confusão mental
de informações que eu tinha lido estava muito latente, não vou
entrar nos detalhes de que filme, que regulagem e blá blá blá
técnico, porque não é essa a ideia desta coluna. Espero que com
essse texto
chamado
Marcio Scavone falar: “Toda fotografia é um autoretrato”. Pensei
muito nesta frase e concordei planemente... todas as nossas
impressões sobre a vida, sobre emoções elas ficam congeladas na
retina da nossa alma para que possam ser reveladas no nosso olhar.
eu tenha conseguido passar o nascimento de uma vontade,
de uma gana, de um viés artistico, como se origina a vontade de
criar, a curiosidade de fazer, de ter orgulho de fazer algo que
supostamente achamos bonito, legal, contundente, o ser fotografo tem
por essencia o olhar, a história que fez o olhar, como era o olhar
antes do olhar, de onde vem a dor, a alegria, o vigor, a raiva e
todos os setimentos marcados no controle da luz e das sombras, a
pouco tempo escutei um fotografo
Na
próxima postagem vou tentar narrar a emoção da minha primeira
saida para fazer uma sessão de fotos.. esperamos que estajamos
juntos na nossa próxima resenha.. até la..
Helio
Andrade